domingo, 1 de maio de 2011

80 ANOS A DAR ATÉ AO FIM


Faz 80 anos no próximo dia 6 de Maio de 2011, aquele que foi designado para o Nosso Esquadrão 149 e embarcou connosco no Vera Cruz em 27 de Junho de 1961 para Angola, como Ten. Mil. Médico da Nossa Unidade.

E também foi médico e muito a sério salvando corpos feridos quase alminhas com total entrega à luta pela vida de Soldados, para além de ter sido o grande regaço amparo familiar de todos, aceite e respeitado conselheiro apaziguador de almas aflitas devido ao medo e isolamentos longos no meio do mato sob permanente perigo de vida e morte. Tão grande foi a sua dedicação ao seu cumprimento de serviço e seu gosto de praticar o bem que ainda lhe sobrou tempo para dar consultas diárias a dezenas de indígenas e até para ir de urgência, noite dentro e sanzala fora, salvar nativos mães e filhos de partos em risco.
Depois disto tudo ainda teve a alma grande de escrever e imprimir, antes do embarque em Luanda, um livro descrevendo minuciosamente as acções, lugares e feitos do Esquadrão nas missões que lhe foram atribuidas durante os vinte e oito meses em Angola.

Homem que em todas as situações e circunstâncias estava no seu posto pronto para socorrer e dar tudo por tudo para salvar e curar, só pode ser considerado um grande Homem, e se foi grande sob todos os aspectos e qualidades que exerceu junto dos Soldados do Esquasrão, então é digno e merece, tal HOMEM, que esta palavra referida a sí seja escrita inteira com letras grandes.

Disse o nosso outro grande Herói do Esq.149, o Comandante Cap. Rui Abrantes, que o Dr. João Alves Pimenta, Nosso Ten. Mil. Dr. Pimenta, foi designado e aceitou ir para Angola depois de várias recusas artificiosas e por influências poderosas, de outros médicos. O Dr. Pimenta aceitou o desafio de servir com abnegação e total entrega os Nossos Soldados em Angola quando já era assistente da Universidade em Coimbra e tinha uma vida familiar própria.

Demos Graças, à boa hora em que tal HOMEM foi designado para estar junto de nós, pois também nós estavamos designados para participar em grandes e perigosas operações, pelo que a sua colaboração foi uma dádiva preciosa. E tanto mais quanto, como nos confessou em Lanceiros II no nosso primeiro encontro, quando foi proposto ao posto imediato de capitão, não aceitou para não nos "abandonar" e estar connosco "até ao fim" da comissão.
Bem haja Dr. João Alves Pimenta, Nosso Dr. Ten. Mil. Médido do Esquadrão 149, e que muitos anos ainda esteja e confraternize connosco: o que fez por nós e o seu exemplo de vida educa-nos, etimula-nos e conforta-nos.

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