domingo, 1 de janeiro de 2012

AOS COMBATENTES DO 149 HOJE, INÍCIO DE 2012


Um novo ano vai começar, contudo infelizmente, o que é novo neste Ano Novo, tudo indica será bem pior do que o que era velho no ano que passou.

Passámos perigos de vida e morte, fome, frio, feridos e finados em combate, mas tinhamos connosco a esperança sempre viva e presente de um dia voltar à nossa terra e de tudo ser melhor do que fôra. Hoje, sem guerra e no sossego de uma paz total, a actualidade económica e social está-nos empobrecendo em capacidade financeira e sobretudo em esperança, mergulhando-nos num futuro de sombras.

Lutámos e sacrificámo-nos até ao sangue e à morte de muitos em nome de Portugal, para nada. Depois lutámos e trabalhámos uma vida inteira para enriquecer e engrandecer Portugal e, segundo parece, de novo, outra vez para nada. Que maldição é esta que obriga os combatentes e o povo-povo arraia-miúda em geral, a sacrifícios sem fim e sempre em vão?

Por causa da guerra, não só, mas fundamentalmente, fez-se a Revolução de Abril e a vida dos combatentes e portugueses em geral parecia ter, finalmente, ganhado asas e os combatentes emigrantes puderam regressar às suas terras e de seus avoengos para o doce gozo em paz de uma vida de sacrifícios e trabalhos duros.

Alguns dos nossos camaradas de armas e de guerra que contribuiram para as nossas sobrevivências no meio do perigo no mato e deram tudo que podiam pela melhoria de vida de seus familiares, podem voltar a encontrar-se em difíceis condições de existência com a dignidade mínima merecida a todo o combatente que arriscou a vida em nome do país.

Que o exemplo heróico do Esq. Cav 149, que foi escola para aprender a arrancar, de dentro de cada um, coragens e vontades imparáveis, consiga ainda mobilizar os velhos heróis combatentes a lutar e a não se resignarem face ao inimigo que ataca o seu bem-estar, conquistado com sangue, suor e lágrimas, muitas.


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