segunda-feira, 29 de setembro de 2025

ESQ. CAV.149, CONFRATERNIZAÇÃO 2025



    clicar para ver bem

CAROS CAMARADAS SOBREVIVENTES DA GUERRA E DO TEMPO, VAMOS MAIS UMA VEZ ENCONTRAR-NOS NESTE ANO DE 2025 PARA NOS VERMOS AO VIVO E RECORDAR HISTÓRIAS QUE JÁ APENAS NÓS CONHECEMOS O CONTEXTO E DELAS AINDA TEMOS PERFEITA COMPREENSÃO DO PERIGO, ENTREAJUDA E AMIZADE QUE A GUERRA PROMOVE ENTRE CAMARADAS DE ARMAS.

IGUALMENTE VAMOS RECORDAR E CELEBRAR AQUELES QUE DERAM AS SUAS VIDAS EM CONTRIBUTO DAS NOSSAS. TÃO GRANDE DÁDIVA MERECE QUE DELES NÃO NOS ESQUEÇAMOS, MAS SIM, OS HOMENAGIEMOS.

VAMOS, ENQUANTO PUDERMOS, CUMPRIR ESTE DEVER DE SOLIDARIEDADE E CAMARADAGEM DE GUERRA.  

 

PORQUE...

 

Obrigados prá guerra longe, metemos nossa vida nas malas

Depois, combatentes, demos corpo e vida às balas.

Batemo-nos por causa perdida e fomos heróicos sem medo

Ou dignos Soldados, sendo temerosos em segredo

Chorámos grossas lágrimas secas, para ocultá-las

Sempre de morte ao lado e vida suspensa na ponta do dedo.

 

Na Aldeia deixámos a bela juventude, doces amizades,

A paz, a festa, os amores, os choros, as saudades.

De repente perdemos futuro, esperança, os ofícios.

Em troca exigiram-nos suor sangue, lutos e sacrifícios.

Submetidos, não discutimos o justo o bem ou maldades.

Puros sem ideais modelo, honrámos os valores patrícios.

 

Dignos são de honra e memória nomeada, que inscrita

Em pedra diga aos vindouros que aqui houve e habita

Valorosa gente antiga e filhos há e haverá, pertence

Deste generoso chão amado, Mãe-Terra Portucalense.

Pois tributo merece o que foi além do que o dever dita

E justo o gesto ao que depois de morto, a morte vence.



Jose Neves

pseudónimo de Fur. Mil. do Esq. Cav. 149 / Angola 1961 - 1963

Gorjões, 07.09.2017

quarta-feira, 27 de novembro de 2024

quarta-feira, 23 de outubro de 2024

POEMA ''JUBILADO" DO FUR. MIL. DO ESQ. 149 VICTOR RAMOS

 

Jubilado

O terminar da sobrevivência

Deixou pensamento devoluto,

Por força da pesada absência.

Interrogo-me, agora já não luto?


Não tenho de criar netos,

Não há horários a cumprir,

Sou velho para novos afetos,

Que faço para preservar sorrir?


Invento nova e serena ocupação!

Sirvo-me dos livros que li uma vez,

Ocupo o tempo. Que satisfação!

Desacelero a ordem de invalidez.


Não tenho para poeta talento,

Esforço-me em ser retratista.

Observo à minha volta, atento:

- Faço rimas a imitar aguarelista.


E assim me subtraí

A um vazio demolidor.

É o meu ego que ri!

Das rimas, que importa o valor?


Victor Ramos

Lisboa, 10 – 6 – 2022



POEMA ''ERGUE-TE MACAU'' DO MAJOR RUI COELHO ABRANTES



   POEMA DEDICADO ÀQUELES QUE NÃO DOBRAM A ESPINHA

 

Poema que nos foi entregue por D. Lourdes Abrantes esposa do nosso Comandante Cap. Rui Coelho Abrantes, no dia de sua homenagem no cemitério de Oeiras em 21.08.2024. 

Poema que se refere ao tempo em que o nosso Comandante do Esq. 149, já Major, era Comandante das tropas em Macau e, por questões de interpretação diferentes entre o que seria uma ordem para uma acção civil e uma acção militar com o então Governador Geral de Macau, levou à expulsão do patriótico militar de Macau e à instauração de um processo disciplinar militar que o levou à exclusão do Exército Português.

Após o 25A foi reaberto o dito processo e o nosso bravo e impoluto militar foi readmitido no Exercito Português com a patente de Tenente-Coronel.