quarta-feira, 23 de outubro de 2024

POEMA ''JUBILADO" DO FUR. MIL. DO ESQ. 149 VICTOR RAMOS

 

Jubilado

O terminar da sobrevivência

Deixou pensamento devoluto,

Por força da pesada absência.

Interrogo-me, agora já não luto?


Não tenho de criar netos,

Não há horários a cumprir,

Sou velho para novos afetos,

Que faço para preservar sorrir?


Invento nova e serena ocupação!

Sirvo-me dos livros que li uma vez,

Ocupo o tempo. Que satisfação!

Desacelero a ordem de invalidez.


Não tenho para poeta talento,

Esforço-me em ser retratista.

Observo à minha volta, atento:

- Faço rimas a imitar aguarelista.


E assim me subtraí

A um vazio demolidor.

É o meu ego que ri!

Das rimas, que importa o valor?


Victor Ramos

Lisboa, 10 – 6 – 2022



POEMA ''ERGUE-TE MACAU'' DO MAJOR RUI COELHO ABRANTES



   POEMA DEDICADO ÀQUELES QUE NÃO DOBRAM A ESPINHA

 

Poema que nos foi entregue por D. Lourdes Abrantes esposa do nosso Comandante Cap. Rui Coelho Abrantes, no dia de sua homenagem no cemitério de Oeiras em 21.08.2024. 

Poema que se refere ao tempo em que o nosso Comandante do Esq. 149, já Major, era Comandante das tropas em Macau e, por questões de interpretação diferentes entre o que seria uma ordem para uma acção civil e uma acção militar com o então Governador Geral de Macau, levou à expulsão do patriótico militar de Macau e à instauração de um processo disciplinar militar que o levou à exclusão do Exército Português.

Após o 25A foi reaberto o dito processo e o nosso bravo e impoluto militar foi readmitido no Exercito Português com a patente de Tenente-Coronel.