Antes da arrancada para a tomada e ocupação de Zala, o Comandante Capitão Rui Abrantes deu uma entrevista ao repórter da RTP Neves da Costa, que nos acompanhava, na qual é evidente a coragem militar e racional confiança e determinação imparável de atingir o objectivo final.
Nesse sentido, são inequívocas estas palavras dessa entrevista:
"...Foi constituída esta coluna, que tenho o prazer de comandar, de gente que vai dirigida directamente a Nambuangongo, que sabemos havemos de aí içar uma bandeira portuguesa, não sabemos precisamente o tempo que vamos demorar, todavia os esforços no sentido de conseguirmos o mais rapidamente possível, galgar estes últimos Kms, já nos faltam menos de metade daqueles que já progredimos, e apesar de todos os obstáculos e quantidade de abatizes que nos são colocadas no caminho, arranjaremos o processo de, se não pudermos progredir por estrada à custa das viaturas, iremos a pé e chegaremos lá concerteza"
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Todo o Esquadrão reunido e completo
deixa o estacionamento de Quimazangue e embala
em direcção do objectivo imediato, Zala,
determinado, atento, receoso e inquieto.
O inimigo atacava a cada passo
à medida que invadíamos a sua casa.
O estampido das FBP já era conhecido de ouvido e de cor,
os canhangulos ecoavam e espalhavam aço,
as Mausers espalhavam chumbo, os canos ficavam em brasa.
A guerra espalhava o terror.
Do livro "Esquadrão 149 - A Guerra e os Dias" de José Neves
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